Desde pequena, sempre sonhei em conhecer o mundo. Quando assistia filmes e séries americanos em canais pagos na tv, me imaginava fazendo a minha primeira viagem internacional. E lá no fundo eu sempre soube, que conseguiria realizar esse sonho através do meu trabalho.
E eu vou compartilhar com vocês como foi a experiência de realizar a minha primeira viagem internacional graças ao meu blog de viagem Na Estrada com as Minas.
Se você chegou aqui agora e não está entendendo nada, deixa eu contextualizar:
Eu trabalho com marketing de conteúdo há 10 anos. Meu primeiro blog, criado em 2010, tinha como tema central livros, filmes, música e séries. Ou seja, entretenimento no geral. Ele foi criado como uma forma de expressar minha paixão pela escrita e pela leitura. Ficou no ar durante 04 anos e após alguns acontecimentos em minha vida pessoal eu o desativei.
Fiz isso por que naquele momento não fazia sentido pra mim continuar escrevendo, eu havia perdido conexão com uma das coisas que eu mais amava no mundo. E precisava me reconectar comigo mesmo para recuperar essa paixão.
Meu blog de viagem: Na Estrada com as Minas
Em 2015, após o nascimento da minha filha, eu coloquei na cabeça que voltaria a escrever na internet. Precisava ser algo além de mãe e foi através da escrita que eu entendi que conseguiria alcançar esse objetivo.
Então eu comecei a fazer pequenas viagens com a minha filha, que na época tinha apenas 04 meses. Foi nessa época que decidi criar o projeto Na Estrada com as Minas, a primeira rede colaborativa de mulheres viajantes.
Um projeto que visava promover um turismo mais democrático e debater o papel da mulher no turismo, no Brasil e no Mundo.
Muitas mulheres abraçaram esse projeto e assim, eu pude conhecer muitos lugares especiais aqui no Brasil. E me preparar para finalmente voar mais alto.
Minha primeira viagem internacional: preparativos
Minha primeira viagem internacional teve como destino e pano de fundo Santiago. A maior cidade do Chile, que fica em um vale circundado pelos Andes cobertos pela neve e pelas montanhas chilenas.
A oportunidade de realizar essa viagem surgiu de um amizade inesperada.
Em meados de 2014, eu comecei a pesquisar muito sobre mulheres que viajavam sozinhas. E encontrei muitos grupos de viajantes pelo mundo. Em um desses grupos, conheci uma mulher chamada Gabriela Valverde. Que na época, compartilhava suas aventuras no Egito.
Virei fã. Fiquei apaixonada por toda aquela espontaneidade baiana, por toda aquela energia. E comecei a acompanhar a Gabi nas redes sociais @viajandocomgabi.
Se alguém me dissesse naquela época que 05 anos depois de segui-la nas redes nos tornaríamos amigas. E ela ainda mexeria os pauzinhos para me ajudar a realizar esse sonho, eu riria na cara da pessoa e não acreditaria.
O papel do blog em minha primeira viagem internacional
Pois bem, 05 anos depois, estávamos nós, em um grupo em comum de viajantes no Whatsapp. Conversando, trocando e compartilhando experiências. Nos tornando admiradoras uma da outra – eu ainda mais do que já era.
Até que um dia a Gabi me ligou e disse “Cami, tenho um presente de Natal para você“. Eu quase não acreditei. Na hora me tremi toda. E ela perguntou “Você está ainda ouvindo?” Eu respondi que sim e continuamos a combinar os detalhes da viagem.
E foi então que o meu blog de viagem ganhou destaque nessa aventura. Eu não tinha muito dinheiro para viajar. E estava insegura de não conseguir dar conta. Mas eu tinha sonhado com aquele momento por anos! Não era hora de deixar o medo tomar conta de mim.
Então comecei a entrar em contato com potenciais parceiros que poderiam me ajudar a tornar esse sonho possível.
Leia o relato completo de como foi a minha viagem internacional para Santiago, Chile.
Quais parcerias eu fechei para a viagem
Eu precisava muito do apoio de empresas parceiras para baratear a minha viagem e conseguir fazê-la. Então comecei a conversar com colegas de profissão – influenciadores de viagem. Para descobrir quais empresas estariam abertas a fechar parcerias.
Eu recebi muitas indicações. E isso facilitou bastante as buscas, e principalmente o contato.
Hospedagem: Rado Hostel
Todo ano em São Paulo, acontece a WTM – maior feira de turismo da América Latina. E o Rado Hostel estava presente na WTM de 2019 – na ocasião fomos apresentados a um representante do Hostel. E eles se mostraram muito abertos à firmar parcerias com influencers de viagem.
Fato que eu já havia comprovado – já que a minha viagem foi em março – risos.
Para encontrá-los eu busquei os melhores hostels no centro de Santiago (ou próximo) no Booking e enviei um e-mail de apresentação contando um pouco sobre o blog, quem eu era e o trabalho que fazia aqui no Rio de Janeiro.
Eles foram muito solícitos – e para a minha sorte – um dos recepcionistas falava português, ou seja, ele entendeu perfeitamente meu e-mail. E atendeu prontamente meu pedido de parceria.
Passeios: Chile Explorer
Quase um ano antes da ideia dessa viagem surgir, uma agência chilena estava oferecendo parceria com influenciadores brasileiros que queriam conhecer o Chile.
Como muitos, eu entrei em contato, mas essa parceria acabou não rolando. No entanto, eu acabei ficando colega de uma das guias que trabalhava com essa agência. Fizemos, inclusive uma live juntas no instagram do @naestradacomasminas.
Mantivemos contato até a data da minha viagem oficial. E ela acabou me indicando a Chile Explorer.
Uma agência que recebia muitos brasileiros no Chile e que também estava muito aberta a firmar parceria com blogueiros de viagem. Combinamos tudo em cima da hora e ainda assim atendimento foi impecável.
Seguro Viagem para a primeira viagem internacional
Tendo o blog de viagem, eu precisava encontrar formas de rentabiliza-lo. Por isso, começamos a trabalhar com a venda de serviços afiliados. Dentre os produtos que oferecíamos em nosso site, estava o Seguro Viagem.
Que oferecia 10% de desconto para os clientes vindos através do link do blog. O que me ajudou a baratear a compra do Seguro que não é obrigatório em muitos países, mas é extremamente essencial.
O que me ajudou a fechar as parcerias pra minha primeira viagem internacional
Alguns fatores foram fundamentais para eu conseguir realizar o sonho de sair do Brasil – ainda que por alguns dias. Confira abaixo quais foram:
Networking
Graças ao Networking que eu desenvolvi ao longo dos anos enquanto blogueira de viagem com outros influencers e empresas. Eu consegui baratear a minha viagem e economizar mais ou menos uns R$ 5 mil reais.
Ter uma boa rede de contatos me possibilitou firmar parcerias com grandes empresas. Além de toda a informação sobre passeios, preços e comidas que recebi dessas pessoas e levaria horas pesquisando na internet.
Profissionalismo
Ser uma boa profissional e me dedicar verdadeiramente ao site – mesmo quando ele ainda não era rentável. Permitiu que marcas e influenciadores grandes confiassem no trabalho que eu estava exercendo com o meu blog de viagem.
Disposição
Essa viagem tinha tudo para não sair do papel. Pouco tempo para organizar, pouco dinheiro. Pouco incentivo. Minha filha de 04 anos na época.
Eu precisei descobrir dentro de mim uma força sobre-humana para fazê-la acontecer. Correr atrás de parceria, trabalhar mais para ter hora extra. Trabalhar muito mais para poder tirar férias antes da hora. Deixar todas as instruções para minha família – que ficariam com a minha filha. Organizar documentos. Enfim. Foi preciso muita disposição para fazer esse sonho virar realidade.
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Perrengues da minha primeira viagem internacional
Claro que a minha primeira viagem internacional não poderia passar sem perrengues. E eu colecionei alguns nessa primeira experiência.
Atraso de voo
Imagina estar indo para a sua primeira viagem internacional. Amedrontada. Sozinha. Cheia de expectativas. E o seu voo de ida atrasar nada menos do que QUATRO FUKING HORAS.
Pois é, a minha viagem estava marcada para o dia 18 de março pela companhia Avianca. E na época, eles estavam começando a anunciar o cancelamento de voos internacionais – saídos do Brasil. Então já dava para imaginar a minha aflição né. Eu peguei um dos últimos voos deles do Brasil para o Chile.
Eu tinha uma conexão em São Paulo, em Guarulhos e foi lá que a confusão aconteceu. Troca contínua de portões. Atraso. Poucas informações. Eu sozinha. Com medo. Sem internet.
Até que decidi fazer o que eu fazia de melhor. Me comunicar. Foi então que na fila mesmo eu conheci mais de cinco pessoas, que se tornaram ótimas companhias de viagem.
No final, a equipe da Avianca foi super solícita e garantiu nosso translado até o hostel. Além de oferecer uma estadia extra (ou reembolso) para quem perdeu um dia de hospedagem.
Problemas na comunicação durante a primeira viagem internacional
Apesar de ser uma ótima comunicóloga, eu ainda preciso me aprimorar em outras línguas. Mas mesmo não falando NADA de espanhol – ou se quer inglês – decidi me jogar nessas aventura.
Eu encontrei um pouco de dificuldade na hora de pedir algumas comidas, comprar a passagem do metrô, achar o banheiro e encontrar um bebedouro no aeroporto.
Mas no final eu mais me diverti com as mímicas que fazia do que sofri. Foi bom para eu tomar vergonha na cara e colocar um curso de idiomas como investimentos futuros importantes.
Também usei o bom e velho Google Tradutor nos momentos mais difíceis.
Pouco dinheiro em mãos – e taxas altas!
Quando eu estava no aeroporto de São Paulo decidi sacar só uma parte do dinheiro que tinha levado com medo de perder. E não sei se foi uma das melhores decisões que tomei na vida.
Ao chegar no Chile, me surpreendi com os altos preços DE SIMPLESMENTE TUDO e acabei cortando um dobrado para achar uma agência do Itaú. Além de ter “morrido” numa taxa absurda por ter feito um saque internacional.
P.s: eu fiquei sabendo depois da opção de ativar a função de pagamento internacional do cartão. Inclusive, depois descobri que o Itaú tem uns cartões próprios para viagens internacionais. Mas a merda já estava feita.
Leia também: Como fazer uma reserva de emergência para a sua viagem.
Problemas respiratórios
Se você é do tipo que têm todas as “ites“, não esqueça a sua caixinha de remédios em casa!
Quando pesquisei o clima em Santiago na época que eu viajaria, me preocupei muito com o frio/neve. Mas esqueci do maldito CLIMA SECO. Que para quem sofre de problemas respiratórios como eu, é tão ruim quanto o frio.
Nos primeiros dias, eu consegui segurar bem a alergia, mas a combinação de dormir pouco/mal + má alimentação acabou me derrubando. No penúltimo dia, eu quase não consegui aproveitar os passeios. Uma das companheiras de passeio tinha um antialérgico que me deixou sonolenta. E eu dormi praticamente todo o percurso.
Quarto misto no hostel
Falando em problemas de comunicação, na hora de firmar a parceria por e-mail com o hostel eu acabei deixando a desejar na hora de especificar a contrapartida deles.
Então eles acabaram fazendo a minha reserva para o dia seguinte ao que eu chegaria (fazendo com que eu dormisse no sofá até a hora do check-in). E me colocando em um quarto compartilhado e misto. O que não teria problema nenhum se eu não estivesse tão cansada. Assustada. E se no quarto não houvessem 04 homens estrangeiros e só eu de mulher.
Após o meu pedido, eles me trocaram de quarto (me colocaram em um quarto feminino) e ficou tudo bem até o final da viagem.
Conclusão
Neste artigo você pôde conferir um pouco de como foi a minha primeira viagem internacional. Que só tive o prazer de realizar graças ao meu trabalho como blogueira de viagem.
Se você também quer ser uma blogueira de viagem de sucesso e não sabe por onde começar, deixe a sua dúvida aqui embaixo que teremos o prazer em respondê-la.
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