Nesse episódio do nosso #CEOCAST nós vamos entender mais sobre empresas de impacto social, questões raciais e de inclusão e conhecer a Jaciana Melquiades.
No episódio 12 no nosso podcast, conversamos com a Jaciana Melquiades, sonhadora, mãe e empreendedora, fundou a Era uma vez o Mundo, empresa de impacto social que utiliza elementos lúdicos para desenvolver potência em crianças, jovens e adultos.
A Era uma vez o Mundo é uma empresa que oferece soluções para problemas sociais que afetam principalmente uma população periférica de baixa renda.
Essa conversa tá incrível, a Jaci explica sobre o que é uma empresa de impacto social, a importância da luta antirracista e questões sobre inclusão.Nós separamos os melhores momentos desse bate-papo com a Jaci, mas se eu fosse você não perderia nenhum segundo desse episódio. Então, vem dar o PLAY!
Era uma vez o Mundo, fábrica de sonhos
A Jaci é nascida e criada na cidade do Rio de Janeiro e sempre teve muito incentivo por parte dos seus pais. Diz que ouvia eles falarem que o mundo era grande demais, e desde sempre, ela tem esse desejo e o sonho de conhecê-lo.
Além dos sonhos, estudar também sempre foi prioridade para ela e sua família. A Jaci também é historiadora e carrega toda essa experiência no seu negócio.
A Era uma vez o Mundo acredita que a educação é a única possibilidade de transformação coletiva, mas antes de pensar o coletivo, nasceu no quarto do filho da Jaci os primeiros brinquedos lúdicos.
Desde a sua infância, Jaci foi colocada num mundo branco, escola branca, faculdade também, e viu como isso afetou sua vida e a de tantas pessoas no Brasil. Por isso, por essa falta de representatividade no mundo que ela pensou: “como que eu quero que seja o mundo do meu filho?”
Do quarto, começou a criar os brinquedos para ele mesmo. Porém, o quarto ficou pequeno e ela sentiu a necessidade de ir além daquele espaço.
Foi em 2013 de fato, que a empresa surgiu. Criou site, CNPJ, começou a divulgar. Perceber que a mudança positiva que os brinquedos trouxeram de forma lúdica, questões raciais e sociais, foi o que fez ela empreender.
Inclusão, será?
A Jaci trouxe uma discussão muito interessante acerca da palavra INCLUSÃO.
Sabemos que o mundo branco está estabelecido. Quando falamos de empresas, empresários, cargos executivos isso fica ainda mais evidente.
É necessário questionar a palavra inclusão, afinal, negros são 54% da população brasileira, a “maioria”. Incluir a maioria?
São reflexões importantes e interessantes de se fazer quando pensamos na palavra inclusão e em tudo o que ela representa e significa.
Além disso, a Jaci alerta que muitas empresas, infelizmente, ainda fazem essa inclusão muito mais midiática do que na estrutura empresarial. É muito mais para a mídia, do que na prática e isso é algo totalmente equivocada.
Uma empresa que se diz antirracista precisa entender que isso é muito mais uma PRÁTICA do que um DISCURSO.
Portanto, a mudança precisa ser cultura, prática, educativa, se não os abismos sociais ainda vão existir muito forte.
O que é uma empresa de impacto social?
Um negócio de impacto social são empresas do sistema B. que possuem como proposta “apontar para uma economia que pode criar valor integral para o Mundo e para à Terra, promovendo formas de organização econômica que podem ser medidas a partir do bem-estar das pessoas, das sociedades e da Terra, ao mesmo tempo, e com considerações de curto e longo prazo.”
É um movimento, que surge para solucionar problemas sociais, mas que possuem sim fins lucrativos. O modelo é impulsionado pela necessidade de soluções, é claro, mas também pelo interesse das novas gerações em trabalhar com propósito.
Uma empresa de impacto social é muito importante, afinal, as empresas são responsáveis sim pela cultura do planeta, pela manutenção e construção da sociedade e da Terra. E claro, isso engloba tudo, natureza, sociedade, etc.
Nas últimas semanas acompanhamos o caso da Magazine Luiza após o anúncio do primeiro processo seletivo exclusivo para admissão de trainees negros.
A importância disso, prática e discurso, juntos, é enorme para uma luta antirracista no Brasil, vindo de uma empresa tão grande e com tantas participações, principalmente nas questões feministas também.
Isso é impacto social, é através da seleção, participar da formação dessas pessoas pretas. É investir dinheiro, tempo, experiência e entender que as questões sociais e raciais estão tão enraizadas no Brasil que afetam diretamente sim na formação e experiência de um jovem negro periférico, por exemplo.
As empresas precisam ter um olhar diverso, afinal a nossa sociedade é diversa. E esse é o trabalho da Jaci na Era um vez o Mundo. Trazer, através da educação, de brinquedos, essa transformação social tão importante para o mundo.
Conclusão
Questionamos a palavra INCLUSÃO, aprendemos mais sobre empresas de impacto social e conhecemos a história da Jaciana Melquiades e da Era uma vez o Mundo. Esse episódio tá realmente INCRÍVEL, você não pode perder um segundo dessas reflexões e das experiências da Jaci, portanto, vem dar PLAY!
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