São Paulo é um dos meus lugares favoritos. Não sei se por conta da quantidade de vezes que já visitei a cidade. Ou por que todas as experiências que tive por lá foram únicas – e a maioria delas, boas, inclusive. Mas é um lugar que tenho muito apresso. Por este motivo, sempre que podia eu embarcava em um ônibus para desbravar mais cantinhos escondidos. E hoje, eu vou te contar o que fazer em São Paulo – mesmo tendo apenas 2 horas para aproveitar a cidade.
Minhas últimas viagens foram muito significativas. Já escrevi algumas vezes – no Na Estrada com as Minas – sobre como venho me sentindo recentemente. E de certa forma, viajar faz parte do meu processo de auto cura. Minha última viagem, para São Paulo, me fez refletir sobre meu estado de espírito e sobre como eu estava lidando com as situações difíceis. Eu não estava indo muito bem, mas da última vez que entrei em um ônibus rumo à São Paulo eu decidi que faria diferente.
A felicidade é um estado de espírito
Eu estava indo a São Paulo fazer exatamente a mesma coisa de sempre, trabalhar. Eu chegaria em um horário bem próximo ao que havia chegado no final de semana anterior e faria (quase) o mesmo ritual. No entanto, eu estava diferente por que me sentia diferente, então encarei as coisas de outra forma.
Como eu estava me sentindo melhor, acho que estava mais aberta às novas experiências, então durante a viagem mesmo eu fiz um novo amigo e conversamos horas a fio sobre amenidades enquanto percorríamos o caminho até São Paulo. Conversar com um estranho sobre qualquer coisa me aliviou de alguma forma e eu cheguei em São Paulo bem mais tranquila para o que estava por vir.
O que fazer em São Paulo em 2 horas
Pode parecer até brincadeira, mas é possível fazer muuuita coisa em São Paulo, mesmo tendo apenas 2 horas disponíveis. Principalmente se você for para a região da 25 de Março. Existem várias coisas para conhecer por ali, como: o Mercado Municipal, a própria 25, o Farol Santander entre outras coisas. Vamos conhecer cada um desses lugares virtualmente?
Onde ficar em São Paulo
O Golden Tulip Jardins está localizado em uma zona residencial, a 4 minutos a pé de um ponto de ônibus. O hotel em um arranha-céu fica a 1,5 km do Museu de Arte de São Paulo, projetado por Lina Bo Bardi.
Os quartos sofisticados possuem sacadas com uma vista impressionante vista para a selva de pedra e uma área para refeição. Além de banheira, frigobar, TV a cabo, wifi gratuito, cofres e escrivaninhas. O serviço de quarto funciona 24 horas por dia, 7 dias da semana.
O restaurante serve café da manhã – incluso na diária, bem como especialidades no decorrer do dia. Há também um lobby, que oferece um bar casual, spa, piscina para adultos e crianças e academia. O estacionamento é pago a parte da diária.
O que fazer em São Paulo: primeira parada, 25 de Março
Como diria minhas amigas paulistas: “eu não sei o que você viu na 25” – risos, mas sim, minha primeira parada foi a rua mais famosa de São Paulo. Na verdade, desde a viagem anterior eu já estava com a ideia de que quando voltasse passaria por lá para comprar coisas que fiquei na vontade. Como a pimenta rosa, no Mercado Municipal. Ou a bóia de Flamingo que fiquei namorando desde o primeiro final de semana.
Dessa vez eu descobri que tinha como chegar na 25 de metrô e economizei uma grana, apesar de ter feito uma boa caminhada descendo na 25, indo até o Mercado Municipal e depois voltando para a 25. – insira aqui o emoji de palhaça.
Depois de comer oito pães de queijo por dois reais e tomar meu pingado, eu segui rumo às compras. Como os lugares que eu queria ir só abririam a partir das 9h eu aproveitei para circular com um pouco mais de calma. Comprei além da pimenta e da boia, mais calcinhas, uma camisa para Clara e outras coisas.
Depois fui em direção ao Farol Santander que era a meta de conhecer no final de semana anterior, mas acabei não conseguindo chegar a tempo. Como ele abria um pouco mais tarde, decidi passar no CCBB antes.
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Centro Cultural do Banco do Brasil
Eu estava com o tempo corrido, por isso não consegui ver muita coisa. Mas pelo pouco que vi, pude constatar que o Centro Cultural do Banco do Brasil de São Paulo é bem diferente do Rio, um pouco mais compacto, mas de toda forma, vale a visita.
Estava rolando a exposição “100 anos de Athos Bulcão”, mas como tinha pouco tempo, não consegui esperar abrir. No entanto, no térreo era possível ver algumas obras do artista e uma linha do tempo. Que contava a história do pintor.
O que fazer em São Paulo: conheça o Farol Santander
Conhecer o Farol Santander era a grande meta. No final de semana anterior, que estive em São Paulo, eu tentei, mas não consegui. Por ter me distraído e ter calculado mal o tempo. Tive que desviar o caminho e deixar a visita para depois.
No entanto, quando cheguei em São Paulo desta vez eu estava decidida a conseguir. Então fui muito focada no meu objetivo e tudo saiu muito melhor do que eu imaginava.
Pela primeira vez usei o ID Jovem para uma programação cultural. Sim, usei o benefício da meia entrada com a Id Jovem. Isso ainda é novo para os centros culturais, eu acho. Ou eles não querem mesmo que as pessoas usem, por que poucos funcionários estão habilitados a autorizar, ou pelo menos sabem o que é a ID Jovem. Mas eu consegui pagar meia – R$ 10 – sem nenhum problema no Farol Santander e eu me surpreendi muito com o que vi.
Do alto de São Paulo, o Farol Santander relembra e remonta o passado. O Farol está dividido em três partes: Memórias, Experiências e Exposições. Como eu estava com o tempo cronometrado, dei preferência por focar em só uma sessão, a Memórias. E foi uma experiência incrível.
Essa sessão começa no Hall do Térreo, onde podemos comprar os ingressos de entrada. No Hall ainda é possível observar um impressionante lustre de 1,5 tonelada. Além de ter também um telão com curiosidades e atrações do Farol Santander. O espaço também pode ser fechado para eventos exclusivos. Com ingresso na mão, a primeira parada é o:
Espaço Memória 2
Em uma viagem imersiva dentro de um túnel de espelho, somos abraçados pela história da cidade de São Paulo. Uma experiência que usa uma tecnologia do futuro, com uma combinação de sons, imagens e animações para compreendermos o passado. Da concepção à construção do edifício.
Espaço Memória 3
Você já se perguntou como era um banco na primeira metade do século passado? Pois nesse espaço, conhecemos a resposta a essa pergunta. O 3° andar é uma viagem pela evolução bancária. Com estações de trabalho originais da época da construção do edifício, você saberá como funcionava uma instituição bancará na década de 50. A exposição ainda hospeda objetos do acervo de Memória Institucional da Coleção Santander Brasil.
Espaço Memória 5
Nesse lugar encontramos a réplica de uma sala presidencial com móveis entalhados artesanalmente em jacarandá. Lustres da década de 50, e um dos maiores conjuntos de móveis de luxo produzidos sob encomenda após da 2° Guerra Mundial pelo Liceu de Artes e Ofício.
Encontramos essa sala no 5° andar e ao lado, um hall permanente com os presidentes ao longo de muitas décadas de história do banco.
Vista 360°
No 4° andar podemos conferir uma impressionante vista 360° do Farol Santander e as redondezas.
O paulistano Vik Muniz costumava, na infância, passear com a mãe perto edifício que hoje é o Farol Santander. Quando foi convidado para fazer uma obra que representasse o prédio, veio à mente esta lembrança especial.
Daí nasceu seu projeto: montar painéis com a imagem da vista de todo o entorno do prédio, utilizando material reciclado da reforma. Assim, poderia oferecer ao visitante a mesma sensação que teve nas caminhadas de quando era criança.
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O Mirante
Depois de conhecer alguns andares e ficar maravilhada com tanta história e beleza, chegou finalmente a vez do Mirante. O Mirante que fica no 26° andar, nos oferece uma vista panorâmica da cidade de São Paulo. Uma impressionante vista – diga-se de passagem.
Localização
Horário de funcionamento:
Terça a Sábado das 9h às 20h e Domingo das 9h às 19h. Site: https://www.farolsantander.com.br/
Viu quanta coisa legal eu fiz em… 2 horas? Isso mesmo, apenas 2 horas. Então não me venham com a desculpa que vocês não tem tempo. Ou que estão ocupados demais. Ou pior: não tem nada legal para fazer em São Paulo.
Eu sou fascinada por essa cidade e fiquei muito feliz de finalmente poder conhecer mais um pouquinho dela. E é claro que já estou louca para voltar e poder explorar ainda mais dessa selva de pedra!
E aí, qual lugar eu devo conhecer na próxima ida à São Paulo?
Tenho até vergonha e dizer que nasci aqui. Sou formada em Turismo (mas nunca atuei), trabalhei 7 anos em pleno vale do Anhangabaú, mas pouco conheço de SP. Adorei a matéria. Assim que a pandemia passar, quero voltar a conhecer minha cidade
Oi Roberta, obrigada por compartilhar conosco!
Eu sou do RIo, mas eu amo São Paulo. Apesar de conhecer pouco a cidade, já que todas as vezes que fui aí, foram a trabalho e sempre tudo muito corrido. Mas sempre tentava conhecer um cantinho novo da cidade quando sobrava um tempinho de folga.
Assim que a pandemia acabar, SP, com certeza, será um dos primeiros lugares que visitarei.
Beijos da CEO,
Cami Santos