Instituto Inhotim é sede do maior acervo de arte contemporânea do Brasil. E também é considerado o maior museu a céu aberto da América Latina. A convite da agência De Rolê por Brumadinho, tivemos a oportunidade de passar dois dias incríveis conhecendo um pouco mais da história da cidade e do Instituto.
Nós visitamos Brumadinho, no Carnaval de 2018, em Fevereiro – antes da tragédia acontecer, por isso não sabemos como estão as coisas por lá além das notícias divulgadas na grande mídia, mas como sempre nos perguntam sobre nossa viagem à Brumadinho, estamos finalizando a série de posts que ficaram pendentes.
Ficamos 04 (quatro) dias em Brumadinho. Nos dois primeiros dias após nos acomodarmos no Hostel 70, partimos para conhecer Inhotim. Os dois primeiros dias de viagem passamos lá por que o Instituto é muito grande, é impossível ver tudo em um dia só. Mesmo visitando o parque durante dois dias seguidos, ainda ficaram faltando áreas a serem conhecidas.
O que significa a palavra Inhotim?
O guia que nos acompanhou nessa aventura, nos contou muitas histórias sobre o Instituto Inhotim que saciou um pouco da nossa curiosidade. Como, por exemplo, sobre como surgiu o nome Inhotim.
Segundo Adriano, o guia que nos acompanhou durante os dois dias em Inhotim, o local onde hoje é o museu, era uma fazenda de uma antiga mineradora que no século XIX atuava na região cujo o responsável era um inglês que se chamava Timothy, o Sr. Tim, que na linguagem da época acabou virando “nhô tim” ou como é popularmente conhecido hoje “Inhotim”.
*texto publicado originalmente em Agosto de 2019 no blog Na Estrada com as Minas.
Instituto Inhotim – Um Museu a Céu Aberto
O Instituto Inhotim, começou a ser idealizado pelo empresário de mineração e siderurgia Bernado Paz, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão em meados da década de 1980. No entanto, a Fundação do Instituto Cultural Inhotim, instituição sem fins lucrativos só foi criada em 2002, com o objetivo de conservar, expor e produzir trabalhos contemporâneos de arte que desenvolvia ações educativas e sociais.
Em 2004, o lugar começou a abrigar a coleção de Bernando Paz e sua então esposa, que há 20 anos começou a se desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que agora está no Inhotim.
Já em 2006, o Instituto finalmente abriu suas portas para o grande público, em dias regulares e com estrutura de completa para visitação.
O acervo abriga obras da década de 1970 até a atualidade, em dezoito galerias (em 2011). São 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan, Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.
As exposições são renovadas são sempre renovadas e as galerias são anualmente inauguradas.
Localização e como chegar em Inhotim
O Instituto está localizado dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Sua área total é de 786,06 hectares (o que corresponde a 30 Maracanãs) tendo como área de preservação 440,16 hectares, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 hectares. No entanto, a área de visitação do Inhotim tem 96,87 hectares e abriga jardins, galerias, edificações e fragmentos de mata, além de cinco lagos ornamentais, com aproximadamente 3,5 hectares de espelho d’água.
Como chegar de carro: para chegar ao Inhotim de carro, o percurso dura em torno de 13 minutos saindo do Centro de Brumadinho. Confira no mapa abaixo:
Como chegar de ônibus: você pegará o ônibus da linha 3788 no Terminal Rodoviário de Brumadinho. Esse percurso dura em torno de 36 minutos. Veja o mapa abaixo:
Como ir a Inhotim de Belo Horizonte?
Algumas empresas fazem a rota para Inhotim, saindo de Belo Horizonte. Como, por exemplo, a Saritur. Que funciona de terça a domingo, com embarque às 8h15 na Rodoviária de Belo Horizonte e desembarque às 10h no pátio do estacionamento de Inhotim. O bilhete custa R$ 41,05.
A volta acontece no final do dia, próximo ao horário de fechamento do Instituto às 16h30 (de terça a sexta) e às 17h30 (sábados, domingos e feriados). E a passagem custa R$ 37,15, as passagens podem ser compradas online.
Se o executivo lotar, a empresa oferece um ônibus complementar 15 minutos após a saída do primeiro ônibus.
+Leia também: Roteiro de 7 dias por Minas Gerais.
Qual o valor da entrada no Inhotim?
- R$ 44,00 (inteira) – Terça, quinta, sexta, sábado, domingo e feriado
- Crianças de até 5 anos não pagam
Programa Amigos do Inhotim
A entrada também é gratuita para os participantes do programa Amigos do Inhotim, que é um programa que amplia suas conexões com o Parque, promove a troca de conhecimentos e torna a experiência no Inhotim ainda mais rica. O programa dá direito a cortesias, descontos e outros benefícios. Além disso, o valor da adesão pode ser integralmente deduzido do Imposto de Renda.
Os valores variam entre R$ 140 a R$ 10.000. Para mais informações, clique aqui.
Direito a Meia-entrada – (Mediante a comprovação)
- Crianças de 6 a 12 anos;
- Idosos acima de 60 anos;
- Pessoas com deficiência e seus acompanhantes;
- Estudantes;
- Professores das redes formais pública e privada de ensino;
- Funcionários da Vale;
- Clientes Fiat Club Premium mais um acompanhante;
- Participante do Clube de Assinantes Estado de Minas mais um acompanhante;
- ID Jovem.
Condições especiais – (Mediante comprovação)
- Funcionários(as) da Fiat Chrysler Automobiles, na compra de uma entrada, ganham outra para o seu acompanhante.
Qual dia Inhotim é de graça?
Quarta-feira (exceto feriado): entrada gratuita
Quanto custa alugar um carrinho em Inhotim?
Como o Instituto é gigante, eles oferecem um serviço de transporte interno para encurtar a distância entre as galerias, que funciona de terça à sexta das 10h às 16h e finais de semana e feriados das 10h às 17h. O aluguel do carrinho custa R$ 30,00 de terça a domingo.
O carrinho elétrico com motorista particular ficará à disposição dos visitantes durante um dia de visita ou no período de uma hora. Carrinho para 5 pessoas: R$500 diária ou R$200 por hora. Entretanto o Inhotim incentiva seus visitantes a conhecerem o parque a pé.
Visitas mediadas
Educadores do Inhotim, compartilham e trocam informações sobre o acervo de arte e de botânica. Os grupos são formados de 25 pessoas e as inscrições deverão ser feitas na recepção.
- A visita panorâmica: é uma visita com informações sobre arte e botânica, permitindo que o visitante tenha uma visão geral sobre o Inhotim. Acontece de terça a domingo e feriados, 11h e 14h.
- A visita temática: é guiada por educadores do Inhotim que compartilham e trocam informações sobre os acervos de arte e de botânica, propiciando um olhar diferenciado e mais informado aos visitantes. Essa visita acontece às quartas, sábados, domingos e feriados às 10h30.
É possível também participar de visitas em grupos e escolares, para mais informações acesse: Visitas Orientadas.
Quais documentos são necessários para visitar o Instituto Inhotim?
Para entrar no Inhotim você precisa apresentar o um documento de identificação com foto e o certificado de vacinação da febre amarela (esse último sendo obrigatório para todos os visitantes, principalmente crianças). Eles não permitem a entrada no parque sem esse certificado.
O que levar para o Inhotim?
Dentro do parque você encontrará restaurantes e lanchonetes onde você poderá alimentar-se. Assim como bebedouros. Como será um dia cansativo de muita andança, sugerimos que você leve a menor quantidade possível de itens. Recomendamos que você leve:
- Uma garrafinha de água
- Equipamentos fotográficos (se forem muito pesados, dê preferência para o celular e/ou a Gopro ou uma câmera fotográfica pequena)
- Vá de tênis
- Roupas adequadas para caminhadas
- Repelente (se possível, evite ir de shorts)
- Chapéu ou boné para o caso de dias ensolarados
- Capas de chuva para os dias nublados*
- Uma toalhinha para limpar as mãos e o rosto
- Álcool em gel
- Saco para lixo*
- *Nos dois dias que visitamos o parque pegamos um sol de rachar o coco e uma chuva torrencial. Precisamos comprar (todo o grupo comprou) capas de chuva na lojinha do parque. Mas elas não eram muita qualidade, então leve a sua caso você tenha. Além do mais, sempre bom estar preparada para economizar.
- *Nos dois dias a Clara se comportou muito bem, ela queria correr todo aquele parque. Ela estava de tênis, shorts e uma blusa leve, mas levei outras mudas de roupa na mochila.
Pode levar comida para o Inhotim?
É proibida a entrada de bebidas e alimentos no Parque para a realização de piqueniques. O Inhotim não recomenda a entrada com alimentos e bebidas de maneira geral, em especial bebidas alcoólicas, por questões de preservação do parque. Então cuidado com os lanchinhos e o lixo!
- *Como eu fui com criança, não tinha como não levar um biscoitinho de maisena e algumas balas para distrair a bebê. Que na época só tinha 02 anos. Além de comprar sucos e água pelo caminho. Então precisei levar um saquinho para guardar o lixo acumulado e descartar da maneira correta ao final do passeio.
Quantas galerias têm no Museu de Inhotim?
Dentro do Instituto, você encontrará ao longo dos 140 hectares mais de 20 galerias. Abrigando mais de 500 peças de arte contemporânea. Uma das coisas mais interessantes em Inhotim, é que este não é um museu apenas para contemplação da arte. Em Inhotim, você também tem a chance, na maioria das vezes de interagir diretamente com as obras. Por este motivo, separamos algumas das galerias que mais chamaram a nossa atenção.
Linda do Rosário – Adriana Varejão
A grande estrela do Inhotim. Artista plástica brasileira contemporânea. Suas obras encontram-se em coleções de instituições como Metropolitan Museum of Art, Nova York e Solomon R.
Uma das obras mais impressionantes de Adriana Varejão, das seis expostas em sua galeria no Inhotim é a obra Linda do Rosário, que foi inspirada no desabamento do hotel Linda do Rosário, que aconteceu em 2002 no Centro do Rio de Janeiro, ocasião em que paredes azulejadas caíram em cima de um casal. A obra é uma recriação das paredes de azulejo com as extremidades feitas de carne e osso. Eu não vou negar que dá uma afliçãozinha de olhar para essa arte, mas é um exercício interessante.
A história desse hotel, também inspirou o compositor Marcelo Camelo que escreveu a música “Conversa de botas batidas“, interpretada pelo Los Hermanos.
Invenção da cor, Penetrável Magic Square – Hélio Oiticica
Uma das melhores surpresas que eu tive ao visitar Inhotim foi ver que uma das galerias eram do Hélio Oiticica. Pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. Considerado um dos maiores artistas da história da arte brasileira.
E claro, eu não fiquei feliz só por que sou uma exímia conhecedora da arte brasileira hahaha mas por que em um dos nossos passeios pelo Rio de Janeiro, visitamos o Museu do Açude, um museu pouco conhecido no Alto da Boa Vista que também abriga artes do Hélio Oiticica.
Desvio em vermelho – Cildo Meireles
A galeria Desvio em Vermelho de Cildo Meireles é muito interessante. Já na entrada, você precisa tirar os sapatos e a recomendação é que não se toque em nada, mas a vontade que bate é outra.
Essa galeria é constituída por três cenários: Impregnação, Entorno e Desvio.
No primeiro cenário encontramos a representação do interior de uma casa toda em vermelho. Impregnação: Do chão ao teto.
No segundo cenário, Entorno: encontramos uma garrafa caída no chão escorrendo uma tinta em vermelho.
E seguindo o rastro dessa garrafa encontramos o terceiro cenário, o Desvio: este por sua vez, assustador e enigmático. Uma pia branca, localizada no fundo de uma sala escura jorrando um líquido vermelho que nos lembra sangue. Dá uma sensação esquisita no final, não vou negar.
Cosmococa – Hélio Oiticica & Neville D’Almeida
A Cosmococa é uma das galerias mais legais e diferentes de se conhecer dentro de um museu. Com redes de descanso, colchões, bexigas de festa, música ambiente, muito agradável e imagens da Marilyn Monroe na parede.
A primeira porta que entramos foi muito divertida, pulamos, dançamos, brincamos feitos crianças – e a Clara também se divertiu muito. Tanto que quase nem queria sair de lá.
Entramos em outra sala que era bem diferente desta, com slides de personalidades do pop, maquiados com pó branco. Colchões no chão, música alta. A sala convida os indivíduos ao ócio. Para contemplação e expansão da consciência, deixando os sentidos à flor da pele. Potencializando suas capacidades sensoriais, para que ele encontre o seu centro criativo. Uma reprodução dos efeitos de alucinógenos.
Por fim, entramos em uma sala com uma piscina. O ambiente todo era escuro e frio, e a piscina iluminada com cores de neon. Pra falar a verdade era bem assustador, me lembrou muito a esses filmes de terror que sempre dá merda na piscina.
Troca-Troca – Jarbas Lopes
Obra de Jarbas Lopes, Troca-Troca (2002) consiste na exposição de três fuscas pintados nas cores vermelho, azul e amarelo. Porém com suas peças de carroceria trocadas. A comunicação entre os carros era feita por meio de um sistema de som interligado. No mesmo ano de sua criação, o artista com um grupo de amigos fez uma viagem do Rio de Janeiro a Curitiba.
Som da Terra – Sonic Pavilion – Doug Aitken
Essa, sem dúvidas, é uma das galerias mais enigmáticas. A sensação que temos dentro dessa galeria é surpreendente.
Quem imaginaria que a terra emitiria sons? Pois dentro do Sonic Pavilion é possível ouvir o som da natureza. Um pavilhão circular, de vidro e no alto de um morro, com sons a 200 metros de profundidade, com microfones bem posicionados vai te fazer duvidar dos seus próprios sentidos.
Piscina – Jorge Macchi
Essa obra de arte tridimensional em forma de piscina, me causou sérios problemas com uma criança apaixonada por água como uma sereia. Tivemos de passar rapidamente pela piscina em forma de agenda com índice alfabético, por que mesmo chuviscando, a Clara queria entrar.
Beam drop, de Chris Burden
Releitura de uma obra realizada originalmente em 1984, no Art Park, em Nova York, e destruída três anos depois. A obra foi refeita pela primeira vez em Inhotim em 2008.
Em uma ação performática, durante 12 horas um guindaste de 45 metros de altura lançou em uma poça de cimento fresco as 71 vigas que compõem a obra.
Forty Part Motet – Janet Cardiff
Uma das galerias mais legais de Inhotim é a Forty Part, onde é possível sentar por alguns momentos e ouvir as vozes do coral de Salisbury isoladamente.
É muito bonito e uma obra que te captura para dentro daquelas vozes. A sensação que dá, é que se você fechar os olhos, eles estão cantando em seus ouvidos. Apesar de haver 40 caixinhas dispostas em forma circular na sala, o som de uma canção medieval é muito agradável.
A artista usou microfones individuais para gravar cada artista isoladamente.
Onde comer em Inhotim
Dentro do Inhotim, você encontrará 03 restaurantes:
Restaurante Tamboril
Famoso por sua culinária internacional e integrado aos jardins do Inhotim com opção de buffet livre por R$ 79,00 – incluindo a sobremesa.
Funcionamento: todos os dias de abertura do Parque.
- Terça a sexta-feira: 12h às 16h.
- Sábado, domingo e feriado: 12h às 17h.
Esse restaurante é recomendado para pessoas que estão dispostas a gastar um pouco mais em refeições de alta qualidade.
Restaurante Hélio Oiticica
Com vista para o lago, o Restaurante Oiticica oferece refeições self-service a R$ 59/kg.
Funcionamento: Sábados e quartas-feiras: 12h às 17h.
Nós almoçamos nesse restaurante. A comida é boa, o ambiente é amplo e muito limpo. Bom atendimento. Com um preço um pouco mais acessível.
Hamburgueria
Para quem já está no alto da rota laranja do mapa, o hambúrguer artesanal do Galpão (G11) é uma opção deliciosa para quem quer descansar e comer um lanche reforçado. Tem também opção vegetariana para quem preferir.
Funcionamento: Terça a sexta-feira: 9h30 às 16h. Sábado, domingo e feriados: 9h30 às 17h
Onde se hospedar?
Quando fomos conhecer o Inhotim, ficamos hospedadas no Hostel 70. Primeiro hostel da cidade de Brumadinho. Mas existem outras acomodações também.
Muitas pessoas fazem bate e volta ao Inhotim de Belo Horizonte, então você também pode fazer dessa forma e ainda aproveitar os encantos de Beagá.
No site do Inhotim, eles indicam algumas hospedagens que são parceiras do programa Amigos do Inhotim, confira: Estrada Real Palace, Hotel Fazenda Igarapés, Hotel Fazenda Horizonte Belo.
Regras de visitação e regras gerais
Confira algumas regrinhas básicas para uma boa visitação ao Inhotim.
Fotografia
É permitido fotografar e filmar no interior das galerias de arte e nas áreas externas do parque, mas fique atento as seguintes regras:
- Só é permitida a produção de imagens para fins pessoais.
- Nenhuma imagem (foto ou vídeo) pode ser distribuída, reproduzida, vendida ou utilizada para fins comerciais ou institucionais sem autorização do Inhotim.
- É proibido o uso de flash no interior das galerias.
- Não é permitido o uso de tripé, pedestal ou qualquer outro suporte para câmeras no interior das galerias.
- Não é permitida a realização de sessão de fotos profissionais no interior das galerias.
- Para garantir a experiência de todos, ao fotografar ou filmar não é permitido obstruir a passagem dos demais visitantes.
- Não é permitida a entrada no parque com drones.
Para fotografias profissionais entre em contato com via: imprensa@inhotim.org.br.
Curiosidades sobre Inhotim
Quando eu comecei a assistir a série 3%, eu fiquei muito surpresa com a semelhança do cenário. Foi então que percebi que não era mera coincidência.
Gravações da série 3%
Na segunda temporada de 3%, primeira série brasileira original da Netflix, as cencas do Maralto são gravados no Inhotim. Eu confesso que até antes de ver a série, não sabia dessa informação, no entanto, quando comecei a assistir os capítulos uma sensação de familiaridade me veio logo de cara.
A trama distópica se passa em dois ambientes: o Continete (gravado no Brás e ao lado do Templo de Salomão) – onde vivem 93% da população em situações de extrema pobreza. E no Maralto (gravado em Inhotim) – lugar com melhor infraestrutura, segurança e tudo o que há de bom, mas onde só é permitida a entrada de 3% da população. Que antes de ingressar no Maralto é submetida à uma série de testes rigorosos no Processo, que podem custar a vida.
Os crimes de Bernardo Paz
O Instituto, assim como seu fundador Bernardo Paz, foram alvos de polêmicas e muitas investigações ao longo dos anos. Em 2017, Bernardo foi condenado em primeira instância a nove anos de prisão por lavagem de dinheiro. Alguns meses depois, foi condenado a outros cinco anos por evasão fiscal. Já em 2018, uma investigação feita pela revista Bloomberg Businessweek, assinada pelo repórter Alex Cuadros revelou que o império de Paz foram construídos a base de trabalho infantil e escravo, desmatamento ilegal e grilagem de terras.
Sobre Brumadinho
Brumadinho é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. E recebeu esse nome, devido às brumas comuns em toda a região montanhosa em que se situa a cidade, especialmente no período da manhã.
A região do vale do Paraopeba foi ocupada por bandeirantes no fim do século XVII. Nessa época, foram fundados os povoados de São José do Paraopeba, Piedade do Paraopeba, Aranha e Brumado do Paraopeba, também conhecido como Brumado Velho.
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Ufa consegui achar o artigo que estava precisando e
poucos conseguem ter essa informação correta e
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